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Doenças

Alzheimer

Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crónica e a forma mais comum de demência.[1][2] A doença manifesta-se lentamente e vai-se agravando ao longo do tempo.[1][2] O sintoma inicial mais comum é a perda de memória a curto prazo, com dificuldades em recordar eventos recentes.[1] Os primeiros sintomas são geralmente confundidos com o processo normal de envelhecimento ou manifestações de stresse.[1] À medida que a doença evolui, o quadro de sintomas inclui dificuldades na linguagem, desorientação, perder-se com facilidade, alterações de humor, perda de motivação, desinteresse por cuidar de si próprio, desinteresse por tarefas quotidianas e comportamento agressivo.[1][2] Em grande parte dos casos, a pessoa com Alzheimer afasta-se progressivamente da família e da sociedade.[1] Gradualmente, o corpo vai perdendo o controlo das funções corporais, o que acaba por levar à morte.[10]Embora a velocidade de progressão possa variar, geralmente a esperança de vida após o diagnóstico é de três a nove anos.[7][11]

A doença de Alzheimer á a causa de 60–70% dos casos de demência.[1][2] As causas de Alzheimer ainda não são totalmente compreendidas.[1] Pensa-se que 70% do risco seja de origem genética com vários genes implicados.[4] Entre outros fatores de risco estão antecedentes de lesões na cabeça, depressão e hipertensão arterial.[1] O mecanismo da doença está associado às placas senis e aos novelos neurofibrilares no cérebro.[4] Quando se suspeita de Alzheimer com base no historial clínico, o diagnóstico é geralmente confirmado com exames que avaliam o comportamento e a capacidade de raciocínio da pessoa, podendo ser realizados exames imagiológicos e análises ao sangue para descartar outras causas.[5] No entanto, só é possível determinar um diagnóstico definitivo através de um exame ao tecido cerebral.[4] O risco de Alzheimer pode ser diminuído com exercícios mentais, exercício físico e controlo da obesidade. No entanto, estas recomendações não são apoiadas por evidências fortes.[4][12] Não existem medicamentos ou suplementosque tenham demonstrado diminuir o risco.[13]

Não existem atualmente tratamentos para parar ou reverter a progressão de Alzheimer, embora alguns possam melhorar temporariamente os sintomas.[2] À medida que a doença avança, a pessoa torna-se progressivamente dependente da assistência de um cuidador. Em muitos casos, é o cônjuge ou um familiar próximo quem assume o papel de principal cuidador.[14] Os programas de exercício podem ter alguns benefícios para a realização de tarefas quotidianas, melhorando o prognóstico.[15] Os distúrbios comportamentais e a psicoseassociados à demência são muitas vezes tratados com antipsicóticos, embora não sejam recomendados, uma vez que existem poucos benefícios e um aumento do risco de morte prematura.[16][17]

Em 2015 havia aproximadamente 29,8 milhões de pessoas em todo o mundo com Alzheimer.[8][2] A doença tem geralmente início em pessoas com idade superior a 65 anos, embora 4 a 5% dos casos sejam de início precoce.[3] A doença afeta cerca de 6% das pessoas com 65 ou mais anos de idade.[1] Em 2015, a demência foi a causa de 1,9 milhões de mortes.[9] A doença de Alhzeimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e patologista alemão Alois Alzheimer.[18] Em países desenvolvidos, Alzheimer é uma das doenças com maiores custos sociais e económicos.[19][20] A doença tem um custo significativo para os cuidadores, a nível social, psicológico, físico e económico.[14]